Experiencia: Vertical de Chianti Riserva – Expovinis 2016 (Parte-4)

Fala Galera! Hoje é dia de falar sobre a palestra/degustação dos vinhos italianos Chianti Riserva, na Expovinis 2016.

O Presidente da ABS-SP, Arthur Azevedo, conduziu a degustação às cegas dos Vinhos Chianti Riserva, (primeira vertical deste tipo no Brasil) safras 2013. 2012, 2011, 2010, 2009, 2007, 2006, 2004 e 2001. Para nos contextualizar, Azevedo nos falou um pouco sobre a região de Chianti. Iniciou explicando que o termo Riserva não obriga que o vinho passe por madeira, mas deve ter ao menos dois anos de maturação. Abaixo, mais alguns dados sobre Chianti (fornecida pelo Consorzio Vino Chianti).

 

A área de produção do Chianti

A área de produção do Chianti é constituída de territórios delimitados por lei, que se encontram nas províncias de Arezzo, Florença, Pisa, Pistoia, Prato e Siena. Este ambiente é caracterizado por um sistema de colinas com grandes terraços com vales, atravessados por rios.

 

A origem do vinho Chianti se perde ao longo dos séculos, mas sua consagração ocorreu no século XIX, a primeira delimitação oficial remonta a 1932 e obteve a “ Denominazione di Origine Controllata” [Denominação de Origem Controlada] com o Decreto do Presidente da República de 9 de agosto de 1967, no qual se definem as suas características em um adequado Caderno de Especificações de Produção.

Os vinhos Chianti

A denominação “Chianti” pode ser integrada com as menções adicionais Colli Arentini, Colli Fiorentini, Colli Senesi, Colline Pisane, Montalbano, Rufina e Montespertoli, correspondentes, as primeiras, às subáreas geográficas, contempladas pela primeira delimitação do território, estabelecida com o D.M. de 31 de julho de 1932, enquanto que a última, Montespertoli, foi reconhecida pelo Decreto de 8 de setembro de 1937. Nestas áreas específicas, são previstas para o vinho modalidades produtivas mais restritivas e requisitos especiais.

Interessante notar a recuperação da tipologia “Superiore”, com as mais altas características e que se refere potencialmente a toda a área dos vinhos Chianti.

As Variedades de Uvas

As variedades de uvas básicas que contribuem para a formação do vinhedo Chianti são as seguintes: Sangiovese mínimo 70%, complementares até 30%, com um máximo para variedades brancas de 10% e de 15% para as variedades Cabernet. O rendimento máximo de uva por hectare, para os sistemas de alta densidade, é de 11 toneladas para o Cianti, 9,5 toneladas para Colli Arentini, Colline Pisane, Montalbano, Rufina, Montespertoli e Chianti Superiore e 9 toneladas para Colli Fiorentini e Colli Senesi.

O Chianti é de cor vermelho rubi, tendendo ao granada com o envelhecimento, de sabor harmônico, encorpado, levemente tânico, com aroma intenso, vinoso, com notas violeta. Pode ser consumido, em alguns tipos, como vinho jovem, fresco e agradável ao paladar, mas é bem conhecida também, em algumas áreas, a sua vocação para um médio e longo envelhecimento, na qual amadurece a cor, o perfume e o sabor inconfundíveis.

Agora é hora de falar da melhor parte! A degustação! Seguirei a ordem decrescente de safras que utilizamos no dia!

1 – Chianti Colli D.O.C.G Riserva 2013

Fattoria de Bagnolo Riserva 2013

Cor: Rubi intensa.

Aromas: Frutas vermelhas maduras, leve toque de carvalho, leve nota floral, notas de cereja.

Gustativo: Seco, acidez média (+), taninos redondos, corpo médio. Notas frutadas.

Nota: 88/100 (SMS)

2 – Chianti Montalbano D.O.C.G Riserva 2012

Pierazzuola 2012

Cor: Vermelho rubi médio.

Aromas: Frutas vermelhas, cereja, madeira bem integrada, especiarias, nota floral.

Gustativo: Seco, acidez média, taninos médios, corpo médio. Notas de frutas maduras.

Nota: 88/100 (SMS)

3 – Chianti Colli Senesi D.O.C.G Riserva 2011

Terre del Fico 2011

Cor: Rubi escuro.

Aromas: Notas de couro, frutas vermelhas, cereja, nota floral, toque carvalho.

Gustativo: Seco, acidez média, taninos altos, corpo médio. Notas frutadas. Mais uns 3 anos de guarda!

Nota: 88/100 (SMS)

4 – Chianti Rùfina  D.O.C.G Riserva 2010

Cedro 2010

Cor: Rubi com unhas granada.

Aromas: Frutas em compota, couro, toque terroso, especiarias.

Gustativo: Seco, acidez média (+), taninos altos, corpo médio. Final longo. Mais uns 3 ou 4 anos de guarda!

Nota: 89/100 (SMS)

5 – Chianti D.O.C.G Riserva 2009

Rio Comerata Riserva 2009

Cor: Rubi com borda acastanhada.

Aromas: Frutas vermelhas maduras, torrefação, chocolate, floral.

Gustativo: Seco, acidez alta, taninos médios, corpo médio. Notas torradas.

Nota: 87/100 (SMS)

6 – Chianti D.O.C.G Riserva 2007

Domenico Cappelli 2007

Cor: Granada.

Aromas: Musgo, couro, geléia de frutas vermelhas, terroso.

Gustativo: Seco, acidez alta, taninos altos, corpo médio (+). Notas frutadas e de especiarias. Aguaenta mais uns 5 anos de guarda (no mínimo)

Nota: 90/100 (SMS)

7 – Chianti Colli Fiorentini D.O.C.G Riserva 2006

MGO BIUG 2006

Cor: Rubi escuro com unhas granada.

Aromas: Frutas maduras, especiarias, cereja, ameixa.

Gustativo: Seco, acidez média (+), taninos altos, corpo médio. Notas frutadas e toques de couro. Mais uns 10 anos de guarda

Nota: 90/100 (SMS)

8 – Chianti Rùfina  D.O.C.G Riserva 2004

Lastricato Riserva 2004

Cor: Granada escuro.

Aromas: Musgo, balsamico, cereja negra.

Gustativo: Seco, acidez média (+), taninos médios (+), corpo médio. Notas frutadas e balsamicas.

Nota: 95/100 (SMS)

9 – Chianti Rùfina  D.O.C.G Riserva 2001

Poggio Gualtieri 2001

Cor: Rubi com unhas granadas.

Aromas: Cereja, leve baunilha, especiarias, couro, toque floral.

Gustativo: Seco, acidez média, taninos médios (+), corpo médio. Notas frutadas e balsamicas.

Nota: 92/100 (SMS)

Espero que tenham gostado e aguardo vocês para continuar dividindo essa experiência! Saúde!

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