História
A Península de Setúbal tem uma forte tradição vitivinícola. A região acolheu as primeiras vinhas da Península Ibérica, em cerca de 2000 a.C. Mesmo com a diversidade de ocupações no decorrer dos anos (Fenícios, Romanos, Mulçumanos), a região manteve sua característica produtora.
Durante a Baixa Idade Média, séc. XII a XV o vinho constituiu uma das principais exportações e a partir do século XV, com os descobrimentos portugueses, alargou o âmbito das exportações de vinho, chegando aos quatro cantos do mundo. No século XVII, estão documentados os mais antigos registros existentes (1675) de exportação de barricas de Moscatel de Setúbal para terras britânicas.
Clima
No que diz respeito as condições climáticas, a Península de Setúbal goza de um clima misto subtropical e mediterrânico, influenciado pela proximidade do mar, dos rios Tejo e Sado e da Serra da Arrábida.
DO e IG em Setúbal
DO – Denominação de Origem
Esta designação é aplicável a produtos cuja originalidade e individualidade estão ligados de forma indissociável a uma determinada região, local ou denominação tradicional, que serve para identificar o produto Vitivinícola.
As Denominações de origem da região são DO Setúbal (com os vinhos fortificados tradicionalmente conhecidos por Moscatel de Setúbal) e DO Palmela (cuja área coincide com a área da DO Setúbal, para os demais vinhos produzidos)
IG – Indicação Geográfica
A designação é aplicável a produtos com direito a indicação geográfica produzidos numa região específica cujo nome adotam.
A área geográfica de produção da Indicação Geográfica Península de Setúbal abrange todo o distrito de Setúbal, que se estende pela Península de Tróia e abrange, no seu extremo Sul, o concelho de Santiago do Cacém.
Castas emblemáticas
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Castelão (Periquita)
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Moscatel Roxo
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Aragonês
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Moscatel de Setúbal ou Alexandria
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Fernão Pires (Maria Gomes)
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Arinto
Vinhos Degustados
O evento não foi só com teoria. Enquanto aprendiamos sobre a região, também degustávamos o que ela nos oferece em forma de vinho! Abaixo seguem minhas breves considerações!
Vale dos Barris 2013
Rubi medio. Aromas de frutas vermelhas, cravo. Acidez alta, taninos médios e aromas de especiarias. Nota – 3,0/5,0
Brejinho da Costa 2011
Púrpura médio. Aromas frutas maduras, especiarias doces, madeira. Acidez média, taninos altos, aromas de frutas e especiarias. Nota – 3,0/ 5,0
Adega de Pegões – Touriga Nacional 2012
Púrpura médio. Aromas frutas maduras, baunilha, caramelo, especiarias doces. Acidez média, taninos redondos e aromas de madeira, frutas maduras, especiarias. Nota – 4,0/ 5,0
Moscatel Setubal – Venancio Costa Lima 2011
Amarelo dourado. Aromas de damasco, casca de laranja, mel, cerveja forte. Acidez alta, boa doçura, aromas de laranja cristalizada. Nota – 4,0/ 5,0
Moscatel de Setúbal Superior DOC – Sivipa 10 anos
Amarelo alaranjado. Aromas de frutas secas, coco queimado, nozes. Acidez alta, boa doçura aromas de frutas secas, uvas passas, calda de frutas. Nota – 4,5/ 5,0
Dúvidas, sugestões, críticas podem ser deixadas no comentário sou envidas pelo email! São sempre bem vindas! Saúde!