Conhecendo: Uma jornada da Uva ao Vinho – Parte 2

Olá! Conforme falamos no post “Uma jornada da Uva ao Vinho – Parte 1” daremos sequencia as explicações iniciais. O conteúdo nesse início é um pouco denso, porém importante para que possamos entender termos e palavras que serão recorrentes. O tema a seguir é sobre qualidade e o sabor do vinho.

Qualidade e Sabor do Vinho

Alguns fatores causam impacto na qualidade e no sabor do vinho. Não é tão somente o tipo da uva utilizada. Esse é o motivo de conseguirmos notar diferenças entre vinhos de uma mesma uva de localidades diferentes, às vezes dentro de um mesmo país ou região.

Tipo da Uva

O tipo da uva utilizada define uma grande parte do caráter do vinho. As diferentes castas (tipos de uva) afetam os sabores, a cor, o álcool (que depende da quantidade de açúcar contida na uva), a acidez e os taninos.

Meio onde será cultivada

Sendo a videira uma planta, o meio é de extrema importância para o seu crescimento. Fatores como clima, tempo, incidência de luz solar, água, altitude, calor e nutrientes do solo causam impacto direto nas plantas características e na qualidade das uvas. Esses fatores, unidos à interação do homem, são elementos que definem a palavra francesa Terroir.

Cultivo da Uva (Viticultura)

Uma característica interessante da videira é que ela é uma planta que gosta de solos que ofereçam apenas o necessário para sua sobrevivência. Quanto pior o solo, mais fundo as raízes da videira chegam e mais forte a planta se torna, dando melhores frutos.

Os dois principais fatores que afetam a qualidade e o estilo da uva são o grau de cuidado dado à vinha e o controle de rendimento. Para os vinhos finos, quantidade não é qualidade. Quanto menos uvas a videira produzir, mais concentradas em sumo e açúcares elas ficam e isso é melhor para o processo de vinificação (açúcar = álcool).

Vinificação

A parte mais importante desse processo é a fermentação. É quando as leveduras se alimentam do açúcar presente no suco das uvas. Dessa transformação, surgem o álcool, dióxido de carbono e calor. Esse processo transforma os sabores do suco da uva nos encontrados no vinho.

A polpa de quase todas as uvas é branca. A cor dos vinhos tintos e roses se dá pelo contato do suco com as cascas (onde está a cor). Pouco tempo de contato é o que gera o vinho rose; muito tempo em contato, vinhos tintos.

Vinhos tintos só podem ser feitos a partir de uvas tintas, porém vinhos brancos podem ser feitos a partir de uvas brancas (conhecidos como blanc de blancs) ou tintas, sem utilizar as cascas (conhecidos como blanc de noirs).

Alguns vinhos são submetidos a contato com madeira (carvalho), para que possam receber outros sabores. Esse contato pode ser feito de maneira mais cara (estágio em barris de carvalho), ou mais barata, adicionando-se, nas cubas, aduelas (pequenas tábuas) ou chips (aparas de madeira).

Estágio

Pode ser feito em barris de carvalho, cubas neutras de madeira ou de aço inox. Pode também ocorrer na garrafa após o engarrafamento. Nesse período é que ocorrem as lentas reações químicas que permitem o desenvolvimento do vinho.

Lembramos que não são todos os vinhos que melhoram na garrafa. Eles geralmente seguem uma curva que possui um ponto de ápice. Os vinhos de guarda (vinhos que mantêm uma evolução em garrafa depois de colocados no mercado pelo produtor, desde que armazenados de maneira apropriada sem incidência de luz e calor) existem, porém são poucos e caros.

No próximo post, falaremos um pouco sobre o processo de vinificação e suas diferenças! Dúvidas, sugestões, críticas podem ser deixadas no comentário sou envidas pelo email! São sempre bem vindas! Saúde! 

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